Para começar, imagine tentar montar um quebra-cabeça de mil peças em uma sala cheia de TVs ligadas, cada uma em um canal diferente. Agora, além disso, adicione a pressão de ter que terminar o quebra-cabeça antes que o aluguel vença. Parece impossível, não é? Pois bem, para muitas pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), gerenciar as finanças pessoais pode se sentir exatamente assim.
O Cérebro TDAH: Um Malabarista Relutante
Em primeiro lugar, é importante entender que o TDAH não é apenas sobre “não conseguir prestar atenção”. Na verdade, é como ter um cérebro que está constantemente fazendo malabarismos com mil ideias brilhantes, enquanto tenta desesperadamente não derrubar as bolas da rotina diária. E quando se trata de finanças? Bem, é como adicionar facas afiadas a esse ato de malabarismo.
Consequentemente, as pessoas com TDAH frequentemente lutam com:
- Impulsividade financeira: Por exemplo, aquela guitarra vintage parece uma ótima ideia às 3h da manhã, não é?
- Procrastinação em contas: Nesse caso, “Vou pagar amanhã” se torna o mantra não-oficial.
- Desorganização de registros: Afinal, quem precisa de extratos bancários quando você tem uma pilha misteriosa de recibos?
- Hiperfoco em gastos: Ou seja, quando aquele novo hobby consome todo o orçamento do mês.
O Mito do “Basta Se Esforçar Mais”
Se você tem TDAH, provavelmente já ouviu isso milhares de vezes: “Você só precisa se organizar melhor!” ou “Por que você não tenta mais?” No entanto, deixe-me contar um segredo: seu cérebro não funciona assim. Na verdade, é como pedir a alguém com miopia para “apenas enxergar melhor” sem óculos.
De fato, o TDAH afeta as funções executivas do cérebro – aquelas responsáveis por planejamento, organização e controle de impulsos. Portanto, quando alguém diz para você “apenas fazer um orçamento”, é como pedir a um peixe para escalar uma árvore. Possível? Talvez. Eficiente? Nem um pouco.
Por Que a Ajuda Profissional Não É Opcional, É Essencial
Agora, imagine tentar consertar um carro com motor de foguete usando apenas um manual de bicicleta. Frustrante, não é? É assim que muitas pessoas com TDAH se sentem ao tentar gerenciar suas finanças sozinhas.
Por isso, um profissional especializado em TDAH e finanças não é apenas útil – é transformador. Eles são como um tradutor entre seu cérebro único e o mundo financeiro. Em outras palavras, eles podem:
- Criar sistemas que realmente funcionam para você (e não contra você).
- Além disso, ajudar a desenvolver estratégias para domar a impulsividade financeira.
- Fornecer a estrutura e o apoio contínuo que seu cérebro TDAH precisa.
- Por fim, ajudar a construir hábitos financeiros saudáveis que se encaixam no seu estilo de vida.
O Custo de Não Buscar Ajuda
“Mas eu não posso pagar por ajuda profissional!”, você pode estar pensando. Bem, deixe-me fazer uma pergunta: você pode pagar o custo de não buscar ajuda?
Considere o seguinte:
- O estresse constante de contas atrasadas
- As oportunidades perdidas devido à má gestão financeira
- O impacto nos relacionamentos quando o dinheiro se torna uma fonte de conflito
- A autoestima abalada por repetidos “fracassos” financeiros
Em suma, esses custos são muito mais altos e duradouros do que o investimento em ajuda profissional.
Um Convite para a Mudança
Em conclusão, viver com TDAH é como ter um superpoder que às vezes se comporta mais como uma kryptonita. Mas com as ferramentas certas e o apoio adequado, você pode transformar seus desafios em vantagens.
Acima de tudo, buscar ajuda profissional não é um sinal de fraqueza – é um ato de coragem e autocuidado. É reconhecer que você merece uma vida financeira que funcione com você, não contra você.
Portanto, da próxima vez que você se pegar lutando com suas finanças, lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. Há profissionais especializados prontos para ajudar você a navegar esse labirinto financeiro. Não espere até que o quebra-cabeça se torne impossível de resolver. Em vez disso, dê o primeiro passo hoje.
Afinal, você não merece apenas sobreviver financeiramente – você merece prosperar. E com a ajuda certa, você certamente pode.
Se fizer sentido dê o primeiro passo: https://mariamanso.com.br/psicoterapia-financeira/
Para mais informações sobre o transtorno: https://tdah.org.br/